16 de nov. de 2010

Fifa volta a discutir uso de chips nas bolas

O uso da tecnologia para garantir se a bola ultrapassou ou não a linha de gol será o principal tema de debate da Assembleia Anual da International Board da Fifa, nesta quarta-feira, quando também será apresentado relatório sobre a utilização experimental dos árbitros assistentes adicionais.
Segundo informou a Fifa, a agenda da Assembleia, que será realizada em Cardiff (País de Gales), inclui um debate sobre as infrações passíveis de "tripla punição" (gol, cartão vermelho e sanção do jogador).
A discussão sobre os chips que indicam se a bola ultrapassou ou não a linha de gol será o principal o tema da assembleia da entidade que delibera sobre as regras do futebol, por conta de erros como o do árbitro uruguaio Jorge Larrionda, na partida entre Alemanha e Inglaterra, nas oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul, quando Frank Lampard chutou, a bola bateu na trave e claramente após a linha, mas o gol foi ignorado.
Apesar de aceitar o debate, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, assinalou que os erros dos árbitros são "o aspecto humano do jogo". "Se fosse possível controlar de um modo científico, acabaria o debate. É preciso aceitar os erros, tanto dos árbitros como de qualquer pessoa que participa do jogo", disse, após o encerramento da Copa.
A International Board decidiu, em julho, continuar a utilizar dois árbitros assistentes adicionais até 2012, em competições de federações que solicitassem, caso da Uefa, que os escalou em 200 partidas Liga Europa na última temporada.
A Confederação Europeia também começou a fazer uso do novo recurso nas edições da Liga dos Campeões, da Liga Europa e da Supercopa na atual e na próxima temporada.
Neste sistema, o árbitro e seus dois assistentes habituais, além do quarto árbitro, estão acompanhados por dois outros auxiliares que ficam atrás dos gols, de olho em incidentes e infrações dentro das áreas.
A Assembleia Anual da International Board, que terá participação do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, e dos diretores executivos das quatro associações britânicas (Gales, Inglaterra, Irlanda do Norte e Escócia), também vai revisar regras em vigor, para redigir uma definição mais clara de seus textos e evitar interpretações erradas.
As discussões do encontro serão repassadas à próxima Reunião Anual Geral da International Board, única entidade que pode fazer alterações nas 17 regras do futebol. O próximo encontro, que será o 125º, está previsto para entre os dias 4 e 6 de março de 2011 em Cardiff.

Empresas se unem para criar software para Copa do Mundo





As redes "TIC na Copa", de São Paulo, e "Rio TI Esportes", do Rio de Janeiro, anunciam acordo para fortalecer produtoras de software nacionais.

De olho nas oportunidades de negócios que a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 abrirão para o País que as sedia, empresas de software de São Paulo e Rio de Janeiro decidiram unir esforços para desenvolver juntas soluções para os dois maiores eventos esportivos do mundo. A aplicação que acreditam ter mais apelo são aquelas direcionadas para dispositivos móveis.

O acordo de integração entre empresas de software dos dois Estados foi anunciado na Futurecom 2010, que abre oficialmente esta noite em São Paulo. A união envolve associados das redes TIC na Copa (SP), lançada pelo Instituto de Tecnologia de Software e Serviços (ITS); e Rio TI Esportes (RJ), criada pela Riosoft. Juntas, elas contam com cerca de 80 produtoras nacionais de software.

Segundo o diretor-executivo do ITS, José Vidal Bellinetti, o objetivo da integração é  tornar as empresas brasileiras mais fortes para disputar as oportunidades que serão exploradas também por companhias de outros países. A intenção é criar uma agenda comum de trabalho, atrair outros participantes e também iniciar a integração com os grandes fornecedores mundiais de soluções para grandes eventos.
"Queremos estimular fusões e parcerias comerciais com a combinação de produtos e serviços", afirma o coordenador da rede Rio TI Esportes, Alberto Broies. Ele diz que há muito espaço para as companhias desenvolverem soluções para os dois megaeventos, tanto na área de serviços para os torcedores dos estádios quanto em volta dos locais dos jogos. Entre elas, aplicações para hotéis, logística e segurança.

Broies diz, entretanto, que as aplicações com maior potencial são as dirigidas aos usuários finais, que ofereçam interatividade através dos dispositivos móveis. Ele lembra que na Copa do Mundo de 2010,  na África do Sul, não havia tanto aparato para esse tipo de aplicação. O executivo comenta que em 2014 haverá mais infraestrutura para processamento das aplicações pelo celular, o que abre espaço para as empresas que investirem em soluções inovadoras.

O coordenador da Riosoft dá exemplo das aplicações de mobile commerce para venda de camisetas nos estádios e uma série de serviços, já que os torcedores ficarão seis horas, em média, nos locais dos jogos. Haverá espaço também para as aplicações para orientação dos turistas estrangeiros, como dicas de restaurantes e locais para visitação.
Fonte: http://computerworld.uol.com.br/negocios/2010/

12 de nov. de 2010

Tecnologia pode ser o grande gargalo de 2014

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Considerado o maior evento midiático do planeta, a Copa do Mundo exige uma complexa infraestrutura de telecomunicações capaz de atender as equipes de mídia e também os turistas. Apesar disso, os setores de TI e Telecom continuam fora dos planos da maior parte das cidades-sede de 2014. "Sem TI e telecomunicações não haverá Copa", afirma Fábio Ferragi, da Telium Networks. "Em 2014, provavelmente veremos o evento mais marcado pela convergência digital. Hoje, apenas discutimos a importância que as tecnologias digitais têm no dia-a-dia da mídia. Na Copa, isto estará na nossa frente", avalia o especialista. A Telium é a empresa parceira de hospedagem do portal www.copa2014.org.br.

O Ministério das Comunicações informa já ter uma avaliação em andamento numa comissão especial, vinculada ao Ministério dos Esportes. Mas ainda não existe cronograma montado, nem previsão de finalização deste primeiro parecer. Somente a partir do resultado do trabalho inicial será elaborado todo o plano para o evento. Para os especialistas, a discussão já está atrasada e as constantes panes no sistema de telefonia e internet no país são sinais dessa defasagem. Um exemplo: na cidade de São Paulo são previstos investimentos de R$ 32 bilhões para renovar várias áreas da infraestrutura, de turismo à energia, que seriam feitas até 2020, mas que em virtude da Copa serão adiantadas. Contudo, não há nada definido em termos de TI e Telecom.

Castelão digitalizado - Cidades menos dotadas de redes de comunicações já começaram a se mexer, bem mais que as capitais do Sudeste do Brasil. O estádio Castelão, de Fortaleza, será circundado com um anel de fibra ótica e abrigará um moderno data-center, adequado para o tráfego de imagens de alta definição (HDTV) a velocidades que variam de 1Gb a 10Gb. O projeto do estádio servirá de base para que a cidade entre definitivamente na economia digital, com a expansão da rede de ótica para toda a região metropolitana da capital cearense.

As cidades brasileiras que não modernizarem suas infraestruturas de TI e Telecom correm o risco de ter a imagem desgastada frente à bilhões de pessoas. As cidades da Copa da África do Sul preveem receber em média 3 milhões de turistas e centenas de equipes de jornalistas. Todos portando gadgets modernos e com capacidade imensa de produzir imagens e vídeos digitais que serão enviados para todos os lugares do mundo por redes de telefonia fixa, celular e outras formas de transmissão.

Em entrevista ao portal IT Web, o presidente da Brasscom - Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, Antonio Gil, defende que as discussões sobre as tecnologias para a Copa de 2014 gerem planos de longo prazo para o País. "O Brasil só será a quinta maior economia do mundo em dez anos, como diz o presidente Lula, se investir a partir de agora", ressalta Gil. E o maior evento do futebol mundial pode ajudar nisto, acelerando projetos e trazendo capital. Mas a entidade também não iniciou qualquer ação específica ou aproximação com o poder público para participar das decisões sobre onde e como investir na infraestrutura de TI e telecom para a Copa.

"Levamos constantemente nossos planos gerais sobre o País para ministros e o presidente, mas nada houve sobre a Copa de 2014", aponta Gil. No entanto, ele diz que a Brasscom deve se dedicar mais a esse assunto ainda em 2009. Até porque, com a liberdade de escolha que as sedes podem ter sobre fornecedores, o evento é uma grande oportunidade de o setor se mostrar para o mundo. E o primeiro grande desafio a enfrentar é evitar a firula que governantes fazem com investimentos desse tipo. "Muitos políticos não gostam de falar sobre investimentos em tecnologia, porque eles não aparecem para o eleitor, diferentemente da construção de um estádio e esta visão sobre TI e telecomunicações precisa mudar O Brasil tem de provar que pode suportar uma Copa do Mundo antes do pontapé inicial do jogo de abertura, completa Gil.



Fonte: http://www.copa2014.org.br/